Tenho uma vida um tanto sonora
Por ora estou lá fora
Escuto música a qualquer hora

Não sou de telefonar
Sou de te escutar
Sou de escrever
De ler com prazer

Passo por ruínas
É quando em meio a tristeza e a música sinto a alegria de forma homogênea e distinta.

Tenho uma trilha sonora em rabiscos
Rabisco meu corpo
Um papel
O muro
E até o céu

O céu que é o meu limite
É tudo que existe.

Quero deixar nas esquinas
Em cada poste
Nas calçadas
Da música cantada
Uma mensagem de conforto
Que seja um porto. (Porto seguro)
.

Uma trilha sonora pra qualquer situação
Ah, eu não consigo, não!

Se estou feliz
Triste
Se alguém me deu a mão, ou não.
Se deu confusão, vixe! Sei não!
Ah, eu não consigo, não!

Tudo tem trilha sonora.

Além de escrever e a música envolver
Esta é a única garantia de que não vou enlouquecer.

Eva Aguiar 20/06/2016

Tenho marcas de um efeito sanfona,
De uma luta pedrante
De um algoz bem distante.


Tenho marcas de uma luta
De uma permuta
De uma conduta.

Tenho marcas de alegria
De uma criança que sorria
De uma vida bem vivida.

Tenho marcas que me fazem ser quem sou.

Talvez uma marca de pancada
Assim, desalinhada.

Ou talvez Cicatrizes de infância, o joelho
arranhado, que me deixou acanhado.

Talvez a marca de um sinal no rosto, de nascença.
Ou marca de uma crença.
Tenho marcas de um parto, de um lado felicidade,
do outro, lealdade. (estrias)

Talvez a marca seja a expressão do meu rosto. O
brilho dos meus olhos implorando por um sol-posto.

Sinto-me em paz comigo mesma

A realidade não precisa de mim para mostrar o
quanto ela pode marcar. E isto não pode mudar.

De um tanto intrínseco
Tenho marcas de uma genética
De uma cibernética
De uma vida atlética, ou até mesmo, poética.

Serão sempre MARCAS de um corpo natural. De coisas
naturais.

Julguem-me por mostrar meu corpo
De expressar meu rosto
Assim, talvez, morra de desgosto por não poder
aparecer num posto, assim imposto, pelo seu mau gosto.


Eva Aguiar

Imagens da Internet.

Porque sou viva como as cores, comigo não tem desamores e esse papo de "não dá" O sol simultâneo, aquece, tira o mofo da alma, traz alegria e fôlego de vida, um motivo para mais uma vinda, mais um dia de alegria. Acompanho o pedaço do meu mundinho pela janela do ônibus, vejo o enlace do casal, o beijo fatal, e o sorriso genial. Nas ruas o verde das árvores, o azul do céu, os pássaros em sincronia, e a vida não muito tardia, dá pra viver... Sim! Posso viver. Na praça a criança, correndo sem linha, nela vejo esperança. No mercadorama a senhorinha, meio trêmula, mas nunca vazia. Ela busca alimentos para fazer o jantar e receber toda a família. (todos os dias) No metrô aquele vai e vem, o sonho das pessoas posso ler em suas mentes, elas querem viver sem desdém. (Sem ter pra quem) Na creche a criança que chora, quando seu pai vai embora, mas ele não demora, por hora ele foi trabalhar e seu sustendo ganhar. Na faculdade o garoto busca se especializar, e seu sonho realizar. Na construção da esquina vejo guerreiros, são meros devaneios, assim meio sem jeito, só querem as dívidas pagar, o pão de cada dia levar e a dignidade triunfar. Na escola o professor, o profissional excelente, eles só querem introduzir o aprendizado na mente, se o coração desejar (o aluno) Na sinal o malabarista, sorriso de artista, garra de gente vivida. Na noite as estrelas, a brisa, a calmaria de todo dia. Na cama o conforto, pessoas buscam repouso, no outro dia, tudo de novo. É o mundo que gira, mundo errôneo onde vejo a beleza em cada cantinho, em cada verso do meu universo. (No meu interior). Só quero viver, e poder ver o dia amanhecer. (Sempre) Texto para reflexão em forma de induzir o agradecimento às coisas mínimas da vida. (Saiba agradecer) Eva Aguiar Namastê.